terça-feira, 24 de maio de 2011

Kit anti- homofobia ou Kit respeito, qual você prefere??

Olá queridos, talvez o assunto a seguir cause muita polêmica ou talvez não, de qualquer forma não estou nem um pouco preocupada com isso...
Hoje pela manhã estávamos em um debate em família e o tema era a mais nova criação do MEC: O Kit Anti-Homofobia

. Fiquei sabendo da existência desse Kit há pouco tempo e posso te dizer que fiquei um tanto preocupada com o que vi e li, pelo que entendi o Kit é constituído de apostilas,cartazes e vídeos sobre o tema, que serão distribuídos para crianças de 7 a 10 anos de idade, isso mesmo, crianças de 7 anos de idade estarão vendo vídeos com depoimentos de adolescentes homossexuais. Eu tive a oportunidade de assistir a um dos vídeos, que mostra um jovem homossexual relatando sua experiência na escola, confesso que achei até interessante e tal, mas para ser reproduzido para adolescentes... passar um video sobre esse tema para crianças de 7 anos, que ainda estão em processo de formação, com certeza será um video incentivador e não preventivo (minha humilde opinião).
Bem,sei que agora alguém deve esta me chamando de homofóbica e blá blá blá
Vou deixar bem claro aqui minha opinião:Não sou homossexual e nem incentivarei meus filhos a serem. Outra coisa, eu não sou homofóbica, apenas tenho uma opinião contrária e até aonde eu sei, tenho direito de manifesta-la segundo a constituição. E só para esclarecer de vez acho que ter uma opinião contrária não me torna uma agressora de homossexuais, pois possuo algo que me diferencia de um agressor, algo chamado RESPEITO!
Por isso acho que antes de classificar alguém como homofóbico é preciso conhecer o que significa homofobia. Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Será que todo mundo que não concorda com a homossexualidade é homofóbico? Claro que não! ¬¬
Eu não concordo, mas nem por isso desprezo ou tenho medo de alguém por conta da sua opção sexual, pelo contrario tenho amigos gays e conheço muita gente bacana que também é. Penso que todos nós temos o direito de termos escolhas e defender aquilo que acreditamos, eu tenho a minha posição sobre esse assunto e pretendo repassa-la para os meus filhos, que consequentemente também terão o direito de defender ou não aquilo que eu lhes ensinei.... Mas fico extremamente preocupada com essa situação que estamos criando agora, pois o que vejo é que estão querendo tirar o direito de todos terem sua opção, vejo claramente nesses Kits e projetos a imposição de algo que nem todos acreditam.
Sabe o que vai acontecer?? Vamos colocar as pessoas em “bolhas” e separa-las cada vez mais de nós!
Vejo nessas ações isoladas de grupos que sofrem preconceito um enorme egoismo e até mesmo hipocrisia...Será que só os gays sofrem preconceitos? Será que só eles são vitimas de violência por conta de suas escolhas?
Quantas pessoas não são vitimas disso por conta da sua classe social, da sua religião, da sua cor....
Hoje mesmo vi comentários onde as pessoas chamavam os evangélicos de loucos, de burros.E sabe porque isso, porque eles não possuem a mesma opinião dos demais.
Isso está certo? Garantir o direito de uns retirando o direito de outros??
Quem não se lembra do “ditador Bolsonaro” e de toda a repercussão dos seus comentários no programa de televisão CQC?? Em resposta ao deputado, o apresentador Marcelo Tas revelou que sua filha é homossexual e isso não o impediu de ter orgulho dela.
Realmente se eu fosse ele também teria muito orgulho, pois diante de todas as acusações e movimentos contra Bolsonaro, ela foi a única que conseguiu agir de forma sensata, sem ser contraditória. Ela defendeu o direito de Bolsonaro em expor suas opiniões e criticou as tentativas de criminalizá-lo pelas declarações. Para ela o mais importante disso é o debate sobre o tema, a oportunidade de se ouvir todos os lados.
Que Bolsonaro foi infeliz em suas colocações, todos nós concordamos, mas querer prende-lo por expor sua opinião, ai estaríamos nos contradizendo. Se lutamos para sermos respeitados deveríamos ter consciência que o primeiro passo para isso é respeitar os demais (por mais estúpidos que eles sejam).
Acho que não precisamos de um “ Kit anti- homofobia”, precisamos de um “kit anti-desrespeito”. Não temos que ensinar nossas crianças a respeitarem alguém por ele ser gay, temos que ensina-las a respeitar, só isso. Respeitar o amigo que discorda de você, que foi educado de forma diferente, que gosta de um música diferente, de uma roupa diferente, temos que respeitar o diferente.
Sendo assim, não posso entrar em uma sala de aula e ensinar o respeito a apenas um grupo, eu mesma estaria os separando dos demais, como se eles fossem mais ou menos do que o restante. Acredito que abordando o respeito de uma forma geral estaríamos promovendo uma integração entre todos e ai sim estaríamos avançando...
Fico me perguntando quando vamos parar de colocar as pessoas em uma bolha, de querer ser igual recebendo tratamento diferente dos demais? Quando alguém vai perceber que isso não funciona??
Não somos todos iguais. Nós somos diferentes e é com essa diferença que temos que aprender a lidar, não temos que insistir em tornar as pessoas iguais, temos que aprender a respeitar o diferente.
Então recomendo aos senhores do MEC que criem o “ KIT RESPEITO”, ele pode dar mais certo!
#ficaadica

Bjos e lembrando que o blog esta aberto a opiniões sejam elas contra ou favor do assunto. Por isso, comentem!!

Fuii

2 comentários:

  1. Apesar do deputado Bolsonaro ter sido infeliz em algumas de suas colocações, tem um delas que eu apóio e ser contra as cotas para professores gays isso é uma forma desrespeito como o restante da categoria que não é gay!! Nos concursos público (excerto os deficientes)tosdos não deve participar de um concurso público em grau de igualdade? Outro questionamente qual critério a ser usado da distinguir o professor gay do não gay!?

    No mais Larissa parabenizo pela ótima articulação de seu texto e pelo nível do conteúdo!!

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